Xakal é um rapper oriundo de Amora, que fz parte do grupo DA Gun. Em 2009 lançou a mixtape "Slaut soldier Vol.2", que foi bastante aclamada. 2010 parece ser um ano cheio de projectos para este MC da Margem Sul, tendo a Freestyle falado com ele sobre os seus objectivos

Freestyle: What's up Xakal?

Xakal: Word up g! Tass Bem, estamos cá, 2010 e antes demais, bom ano para toda a gente!



Fala-nos de como te introduziste no rap game?


Ouvir som desde sempre, escrever uns versos refundido, sempre na rua, curioso atrás do people mais velho. Constantemente a mudar de zona, a conhecer outro people,  outros hábitos, outras modas, adaptar a outro ambiente. Cai na Amora/Fogueteiro onde conheci o Kosmo, que já rimava. Criamos o nosso primeiro grupo, Linguagem Comum, e gravamos um EP. Um tempo depois formamos os Da gun e gravamos umas tracks. Foi a partir daí que comecei a introduzir-me no rap. Gravamos o 2*vias que é um dos meu sons favoritos ate hoje, e quando voltei para London o Storyteller.



Como é vivido o Rap Tuga aí na Inglaterra?


Faz-se muita música. Cá, em Inglaterra, há bue mcs e estou constantemente a trabalhar nos projectos deles, big up. Eu vivo o rap todos os dias com o people cá, fechar sons e convívios. Podia até acontecer mais, mas cada um está no seu hustle no dia-a-dia, a assegurar um amanhã. Chega a ser engraçado ir gravar sons nos estúdios cá, o sound engineer a abanar o coco. Enquanto gravas e ele sempre a apanhar do ar (Risos).



Que tipo de Hip-Hop começaste por ouvir e quais são as tuas influências recentes?


Um pouco de tudo. Tenho três irmãos mais velhos que, quando eu era puto, metiam-me no cúbico a ouvir Dre, Snoop, Pac, Wu Tang, Black Company, Boss ac etc. Posteriormente, comecei-me a interessar-me pelo rap-tuga, como Chullage, Red Eyes Gang, M.a.c, The Mirasquad, F.r, Nigga Poison, etc. Consumo total na Kingsize em Lisboa. De Cacilhas ao Seixal era uma linha ligada ao Street Rap e Graffiti. Mais recentemente, continuo ouvir som de todo lado, Rap Americano, Rap francês, a apanhar a influência do Grime/Garage em Inglaterra, Devlin, Ghetts, Styles P, D-Block, Rhoff, Soprano, Sefyu, Medine, Alibi Montana. O Rap Tuga, neste momento, vou ouvindo de ocasião porque estou cá fora. Vou-me actualizando pela net e o movimento está pesado. Rappers a matarem mixtapes, álbuns, vídeos e blogs. A minha maior influência é tudo o que nos rodeia.



O álbum dos Da gun foi anunciado durante muito tempo. Depois, na rádio Hip-Hop-Sou-Eu o Malaba falou sobre o álbum não sair mais. Podes explicar o que aconteceu?


Bulimos no álbum duas vezes do princípio ao fim, com muitos ups and downs. A primeira vez que gravamos, o álbum estava quase pronto, a placa do estúdio queimou e não havia back up dos files. A segunda vez que gravamos o álbum, já um ano depois, a regravar com duas faixas novas.  Depois de gravarmos ficou parado mais um tempo porque quem estava a patrocinar aparecia e desaparecia do mapa. Até que desapareceu mesmo e o projecto ficou nas nossas mãos, parado até hoje.



És um Story Teller. As histórias que contas são vividas por ti ou contas coisas que se passam à tua volta?


Storyteller inspira-se na vida, tudo o que ela traz em si. Como diz o Chullage: «olhos filmam, mente grava e rima revela»...e o resto deixa ao critério de quem sente o que vai no som.



A tua mixtape já está a venda. Estás satisfeito com a maneira como as promoções estão a decorrer?


Já está nas ruas, Salute Soldier Mixtape Vol2, 5mics pa. Quem quiser adquirir uma cópia pode comprar online no xakaldagun.blogspot.com, na Street Wear Flow em Faro, também na Royalflush. Brevemente estará em mais Stores e a venda diggy down pelas streets. O Vol1 continua disponível para download, juntamente com mais um pouco do projecto que se espalha online. Salute soldier hidden files também disponível para download. São faixas que não estão na mixtape. A Hip-Hop-Sou-Eu tem dado grande apoio, shout po Varela one time. 



Demoraste muito tempo a escrever a tua mixtape?


Nem por isso! Foi sempre a andar. E, na mesma altura, já estava a bulir no álbum e a entrar no estúdio do Dj Pass1. Ya big up para ele também! Tive mais uma grande experiência e touch em termos de música e trazia de lá algumas ideias para experimentar em casa. Muitos desses sons fazem parte da mixtape. Foi uma boa fase.    



Porque decidiste gravar uma mixtape a solo? E qual a diferença entre gravares uma mixtape a solo ou com o teu grupo Da Gun?


Bem, a diferença é a distância a que nós estamos uns dos outros. Tento que a gente esteja sempre dentro dos projectos uns dos outros. No vol1 foi mesmo uma grande experiência: muita força, vontade de cuspir, gravar e criar um projecto. Estava longe do peeps, a assentar outra vez em Londres. Não tinha muito contacto com produtores, só o meu people chegado cá na london, Streetbeats, Danni B, Badluck e o Josetriller, que conheci no college num curso de som. Aprendi o básico no college para poder gravar a partir de um home studio, que montei em casa, handy cam para tentar bombar uns homevideos e dar a conhecer o Xakal dos Da Gun. 



Tens algum método especial de organização na recolha dos beats?


Vou trabalhando com os producers, mas gosto de estar presente na história do beat, de preferência fazer connections, com mais mc`s ou produtores que estão ligados ao game. Outras vezes tem que ser mesmo pela net. Bue vezes vou a tuga também para gravar cenas, aproveitando para ter um minuto com o trabalho dos produtores e trazer beats. Tem sido sempre a correr nesse aspecto.   



Ficaste satisfeito com as participações?


Fiquei, respect claro, big up e obrigado a cada um deles... (ma nigga you know from the heart").  



Nas duas Mixtapes Salute Soldier nota-se que usas muito o inglês e algumas coisas em francês, pensas fazer algo em outra língua sem ser português?


Não sei. Já esteve mais longe, foi cá onde me interessei pelo fast flow, estive na skool aqui, quando era mais novo, e aprendi a falar inglês. Ouvia os mcs de cá na skool a fazer garage. Ouvir Dizzie Rascal, Wiley So Solid Crew, Miss Dynamite, Rool Deep, em cassetes que giravam na skool ou nas radios pirata… Voltei para o Secundário mais tarde, na Tuga, e o movimento era diferente, mais virado para rap e sem inglês nas lirics. Acabei por cair aqui novamente, três anos mais tarde, agora já faz parte do meu vocabulário e sai tudo misturado (risos). Criado na Tuga e London é inevitável não misturar inglês. O Francês e mesmo já de curtir Rap Francês e já lá ter estado e conviver com o Danni B, que estou sempre a chatear a cabeça para me ensinar a falar francês, gosto da pronuncia, heavy duty.



Queres deixar alguma mensagem especial para os Haters?


2+2=4 desses 4 tira 2(euros) e leva 24 (Salute soldier mixtape vol1) ou deixa os 4 e junta mais 1(=5euros)e leva mais 24 (faixas salute soldier vol2) music it`z my life ta claro...2-0-1-0 "Capitulos De Um Storyteller" a dar entrada no mercado(risos).



Queres acrescentar alguma coisa antes de acabarmos a entrevista?

 

Capítulos de um Storyteller está a caminho, estou só a dar aquela última atenção ao álbum. O álbum do Malaba, "situações" está para cair, a mixtape do Dublle z "Rappers Assasinos", Da Gun na casa, e "salute soldier vol3". Já agora fiquem atentos a store, streetwear RoyalFlush que é também um Estúdio de gravação Profissional em Quarteira. Ganda propz ao people que faz com que o Hip-Hop seja publicado e apoiado! Big up Hip-Hop-Sou-Eu e à revista Freestyle. A todo o people que tem acompanhado e apoiado Hip Hop tuga, big up. 




Por: Nuno Varela

Fotos: Rui Tocha


FREESTYLE/2010

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