Em entrevista a Tiago Gouveia aka Young One Beats & Flows ficámos a conhecer melhor o projecto "Work On Tape Vol.1", uma compilação que destac novos produtores nacionais. O download é gratuito. Não se esqueçam de visitar o link.

Freestyle - Fala-nos um pouco de ti, quem és e o que fazes…

Young One Beats & Flow - Chamo-me Tiago Gouveia, conhecido no meio como Young One Beats & Flows, tenho 20 anos, resido na cidade de Braga, estudo na Universidade do Minho, no curso de Sociologia, e sou produtor há cerca de dois anos. 



«Work On Tape Vol. 1» explica-nos o título…


Quando começámos a pensar num possível nome para este projecto, tínhamos como objectivo criar um novo conceito, visto que já existem as «Mixtapes» e as «Blendtapes». Então, num brainstorming com o outro elemento da rEvolution Record Label (Francisco Quintas), surgiu o conceito «Work On Tape» que representa o trabalho dos vários produtores.



Como surgiu a ideia de fazer esta compilação? Qual é o objectivo?


O objectivo é dar a conhecer os novos produtores do panorama musical português e chamar a atenção dos mais distraídos para talentos emergentes no nosso País. Para tal, juntámos vários nomes de Norte a Sul. A ideia surgiu por três motivos: em primeiro lugar reparámos que existia uma lacuna nessa área, ou seja, havia várias compilações mas eram, sobretudo, temáticas. Em segundo lugar, tínhamos o objectivo de criar uma base de dados para os artistas utilizarem já que, muitas vezes, se vêm forçados a recorrer aos chamados beats americanos para os seus projectos. Por último, sentíamos a necessidade de dar a conhecer todo o bom trabalho que é feito no nosso país.


Havia alguma regra no que diz respeito à construção / tema / samples?


Não. A única sugestão que fizemos passar aos produtores foi que o instrumental não deveria ter menos de dois minutos e meio. Deste modo, as faixas pudiam ser utilizadas por todos os interessados.



Quanto tempo demorou o processo de compilação?


Desde os primeiros contactos até ao lançamento, demorámos cerca de três meses.



Quais as maiores dificuldades com que te deparaste até ao lançamento?


Foi a ausência de apoios por parte de algumas entidades. Como todos sabem, as ajudas são poucas neste tipo de projectos aquando do seu lançamento, pois todos têm de ultrapassar a barreira do desconhecido mostrando que são viáveis e dando provas de qualidade. Contudo, tivemos os apoios incondicionais do H2Tuga e do Tuga Underground, aos quais aproveitamos para agradecer a confiança depositada. Também o facto de todos os contactos serem efectuados através da internet, levou a que algumas vezes existissem atrasos, devido a aluns desencontros e falhas de comunicação.



Como foi o processo de escolha dos produtores / instrumentais?


A escolha resultou de uma pesquisa via myspace, onde tentámos encontrar producers menos conhecidos (apesar de esta definição ser sempre relativa) dos vários distritos do País. De salientar que tivemos, nesta fase, o contributo importante do «Três Reticências», que nos fez chegar diversos nomes. Por último, cabia ao produtor escolher o instrumental que o representasse melhor.



Houve alguém que ficou de fora, neste primeiro volume?


Inicialmente a «Work On Tape Vol.1» iria contar com doze produtores, mas devido a algumas falhas de comunicação, entre outras, vimo-nos forçados a limitar a compilação a apenas dez produtores. 



Qual é o teu instrumental preferido?


Não querendo ser hipócrita, gosto de todos. O que espelha uma compilação bastante homogénea na qualidade, mas diversificada de faixa para faixa.



A compilação foi lançada em Maio de 2009, queres destacar algum feedback?


No geral, foi tudo positivo, quer o que lemos em fóruns e blogs, quer pelo número de downloads efectuados na nossa página do myspace.



Uma vez que também produzes, fala-nos dos teus projectos passados e futuros...


Relativamente a projectos pessoais, tive o prazer de trabalhar com alguns artistas do UK e EUA, de onde destaco a Mixtape «Lights Out» do Crucial, artista de Boston. O futuro reserva algumas participações em projectos lá fora, mas também por nosso. Na rEvolution Record Label estamos sempre à procura de novos projectos para apoiar, sendo um deles o lançamento da Colectânea «Vamos dar Ouvidos ao Jazz» numa parceria com o João Coelho (Hip). 



«Volume 2» para quando?


Neste momento a rEvolution Record Label encontra-se concentrada noutros projectos. O «Volume 2» ainda não tem data marcada, mas podem já contar com algumas agradáveis surpresas…



Podes desvendar futuras participações?


Para já, as únicas participações que posso revelar são as do «Três Reticências» e «BC Produções», que estavam para entrar no primeiro volume.



Já agora, quem são os teus produtores preferidos em Portugal e no estrangeiro?


Por cá, admiro bastantes produtores para os estar a enumerar, acho que cada vez mais temos grandes produtores a surgir. Na cena internacional, além de nomes como Jay Dee  e Dr Dre, que de uma forma ou outra acabam sempre por nos influenciar, destaco o Swiff D e Will I Am.



Queres deixar umas últimas palavras para os leitores?


Aproveito para agradecer a todos os leitores da Freestyle por lerem a entrevista até ao fim, à Freestyle pela entrevista, aos produtores que participaram na compilação, visto que abraçaram o projecto desde o dia um e sem eles não existia a «Work On Tape», a todos que fizeram download da compilação e aos que, após terem lido a entrevista, o vão fazer. [risos]




Por: X-Acto


FREESTYLE/2009


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