SUKER, a crew e os comboios


FreestyleQuando e o que te motivou para começares a pintar?

 

Suker: Comecei a pintar em 98/99. Lembro-me de ver a marginal da linha de Cascais toda pintada de um lado e do outro de ver cenas brutais, cheias de cores de SKTR. A partir daí arrastei 2 ou 3 desdentados, lá da zona, para me fazerem companhia e para irmos escrever o meu nome na marginal. Queria ver o meu nome espalhado pela cidade!



Porquê o tag SUKER?


SUKER, foi na altura do Mundial de 98 que coincidiu com a altura em que comecei a pintar. O meu irmão ofereceu-me uma t-shirt do Suker, que me trouxe da Croácia, e eu achei o nome fixe porque as letras eram boas para pintar.



Quais são as tuas influências e postura no graff?


Eu sempre curti letterings simples, parece América, letras gordas e lençóis de silver. 



És bomber, o fame diz-te alguma coisa?


Rigorosamente nada, para mim, graffiti é nos comboios.


 

Metros ou comboios? 


Comboios, gosto de sair de casa e ver o meu nome a andar para a frente e para trás.



O que te faz continuar?


O querer mostrar sempre o nosso nome e o da crew. É sempre uma coisa que quebra a rotina. O jogo por si só é formidável. 



Conta-nos um episódio com a lei.


Lembro-me de poucos, fazemos muito bem os trabalhos de casa.



Vocês mantêm o vosso graffiti à parte, o que achas do resto do graffiti?


É tudo uma cambada de wanna be, com a mania que são thugs e dreads mas metade acaba no surf, outros na esquadra e outros têm os pais ricos, mas é segredo!



Como vês a situação actual do graffiti?


Ninguém inova, nem se preocupa em saber de onde vêm as coisas, as histórias delas e vivem cheios de raivinha mas no fundo não sabem bem porquê.



O Hip Hop tem influência no teu graff?


Quando era mais puto sim, hoje em dia não me diz muito.



O que te deu mais prazer no graff?


Adorava sair de casa depois do almoço e ir até ao cais, para ver o mar, deixar o Suga dar a sua voltinha e depois aquela minha meia hora de pintura ninguém me tirava. 



Para ti o que significa Crew?


União, amizade, grupo, espírito de equipa e boa organização, porque no tempo em que o Cheker fuma um nite, nós sacudimos manchas de silver onde quisermos. 



Props e últimas palavras…


R315, Romio e Kay1, Ontsk, Puxer Tio Casper, para os meus putos da Europa, para todas as fãs, para o Mágico e para o chefe da estação da Alameda.

Queria agradecer a todos os meus taxistas e iscos, porque sem eles o jogo não tinha metade da piada. Vai tu à frente que dás sorte.

Nem tão pouco se tratam de marginais, se é que me faço entender com a palavra marginal. 




Por: Smiek

Fotos: Gentilmente cedidas pelo artista


FREESTYLE/2010



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